segunda-feira, 8 de junho de 2015

escritos ocasionais # 2

Era uma moça, expressão que caracteriza as jovens mulheres, que já passaram o tempo da meninice mas não em demasia para serem mulheres. A moça trazia sempre um ar bem disposto, passava pela manhã e saudava todos com um alegre Bom Dia. Houve um tempo em que a moça desapareceu. As pessoas habituadas à sua passagem estranharam a ausência. Entre os dias que vão passando ela regressou. Mas não era a mesma. O semblante escuro como a roupa e o bom dia quase num sussurro falaram por ela. Sussurram-se também pelos corredores o que teria acontecido e num tom irrefletido ouve-se o coitada. Felizmente ou infelizmente há pessoas que pensam mais que outras e que conhecem aquela dor, que de tão emocional torna-se física, até que o tempo a adormece. Continuam a saúda-la todos os dias, obrigando-a por instantes a sair da escuridão. O sussurro já não é tão baixo. E um dia será um Bom Dia.

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