terça-feira, 11 de agosto de 2015

vai o viajante # 3


Vai o viajante percorrendo a estrada que o fará chegar, não a um local desconhecido, mas a um local que tem algo único, que agrega paisagem natural e edificada, como o viajante acha que nunca viu. Já lá esteve num fim de tarde em que o sol a pôr-se inundou de luz rosada o cenário conhecido há anos pelos livros e com o qual se encantou. Nesse dia não tinha levado a máquina que eterniza imagens e por isso comprometeu-se voltar. No caminho temeu não encontrar a mesma luz, temeu não encantar-se, temeu que o tempo não voltasse atrás. Ao chegar nada havia a recear. Da mesma forma o viajante ficou surpreendido com a pedra de um edifício simples, robusto, pleno de símbolos de um tempo há tanto passado. Há volta do mesmo , ergueram-se outros edifícios, ruas estreitas, uma pequena praça, caminhos que levam peregrinos a um “lugar” maior, uma estátua construída pela imaginação dos homens sobre o outro que deu nome à terra – S. Pedro de Rates. O viajante não consegue encontrar muitas palavras para descrever o que viu. Vinha a pensar nelas quando se perdeu no caminho. E teve que acrescentar, ao seu pensamento, tantos nomes de terras e falar com tanta gente que estava em silêncio, até encontrar o seu caminho. A viagem continua. 
" A memória do passado vive na alma da gente e nas pedras que erguem a História."

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