Faz tempo que não assistia a um debate parlamentar, aqueles que dão no canal 2 ( que em alguma surdina se preparam para encerrar). No tempo de Sócrates não perdia um debate quinzenal porque aquilo era divertido, ele tinha uma enorme cara-de-pau mas sobretudo porque usava como ninguém a ironia (apanágio de alguns deputados) e esses dois elementos proporcionavam um certo divertimento, que eu apreciava.
Hoje fiquei prendida ao debate gerado pela moção de censura apresentada pelos partidos de "extrema esquerda", seguida do anúncio feito pelo ministro Vítor Gaspar, que segundo um deputado é o verdadeiro pantomineiro ( não no sentido da mímica da palavra, já que o dito é tudo menos expressivo, mas sim no sentido do conto ou história para enganar).
Reparei que o "senhor primeiro-ministro" além de usar a demagogia (condução do povo) ainda não domina com eficácia a oratória, no sentido irónico da palavra..que fica sentido com alguns ataques dos deputados censuradores e por isso não responde a algumas questões fundamentais. O mais fácil é sempre dizer "eu não peço desculpa pelos outros"..
Quase em simultâneo ouvi as reações do povo, no jornal da tarde, às novas medidas do pantomineiro e aí reparo que o animal político que vive em cada Homem, até agora em modo de hibernação, se revela com esplendor, na expressão : " fim da imunidade parlamentar", e outros termos políticos e ecónomicos: " a taxa sobre a taxa", " TSU", " o imposto sobre o imposto", "os ladrões"...
De modo que a moção de censura foi rejeitada..e o parlamento continua a evocar os animais " esqueçam as cigarras e as formigas e concentrem-se nas sanguessugas".
e tenho dito.
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