Dezembro é um mês especialmente dedicado aos direitos humanos, assente na
premissa que “ Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de consciência devem
agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Hoje é nosso objectivo
promover o dia Internacional das Pessoas com Deficiência e desta forma procurar
assegurar, desenvolver e defender o respeito pela sua dignidade.
Temos consciência de que a sociedade tem medo da palavra deficiência e
compreendemos o seu temor. Numa procura básica de dicionário ela aponta-nos a
imperfeição, o incompleto, ou algo com defeito, deficitário. Como era bom que
um dicionário proporcionasse, com exactidão, o sentido das palavras e que em
algum deles encontrássemos a definição integrada na Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência, que nos diz no Artigo 1º o seguinte: “
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física,
intelectual ou sensorial, os quais, em interacção com diversas barreiras, podem
obstruir a sua participação plena e efectiva na sociedade com as demais
pessoas.”
Sabemos que a sociedade ainda não está devidamente preparada para a
inclusão das pessoas com deficiência. Existem demasiadas barreiras físicas (nos
edifícios, nas ruas, nos transportes, nas estruturas de lazer, na integração
nas escolas e no trabalho) e, especialmente, nas atitudes o que contribui,
decisivamente, para o isolamento e para situações de carência económica e
emocional.
Aos responsáveis políticos, cumpre, cada vez mais, tomar medidas
apropriadas a nível social e económico para que as pessoas com deficiência
tenham a oportunidade de desenvolver e utilizar o potencial criativo, artístico
e intelectual, não somente em benefício próprio, mas também para o
enriquecimento da sociedade.
Só assim poderemos ter esperança num futuro mais digno
para todos, na certeza de que, do nosso vocabulário, farão parte palavras mais
enérgicas e eficazes, tais como: vontade e mudança.
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