Não sou de perder tempo para assistir ao serviço informativo da tvi. Não me inspira confiança, acho sempre as noticias "anunciadas" num tom sensacionalista e que termina sempre a gabarem-se do sucesso de audiências. Esta segunda-feira troquei o rigor do Rodrigo, porque o meu primo, atleta paraolímpico, tinha-me alertado para a reportagem sem revelar o seu conteúdo. A reportagem estava para ser exibida na anterior semana, mas graças a Sócrates, adiada para esta , o que a fez aproximar-se deste dia internacional da pessoa com deficiência.
A reportagem valeu para demonstrar o esforço que todos os atletas fazem para continuar a competir, as baixíssimas bolsas de apoio, as diferenças entre atletas olímpicos e paraolímpicos, o apoio da família, mas até aí nada de novo. O ex-libris desta reportagem, digamos assim, foi o brilharete do secretário de estado do desporto, que revelou desconhecer nomes de atletas e confundir no imenso espaço geográfico que é o nosso país, as cidades dos medalhados portugueses.
Para quem conhece a persistência com que estes atletas lutam por um lugar no pódio, esta ignorância é revoltante. Para quem não aprecia o jornalismo da tvi e considera a atitude jornalística demagógica, até posso concordar. Mas será que aquele senhor secretário de estado do desporto não tem por lá nenhum assessor ou assessores que lhe façam o trabalho de casa e não o deixem fazer uma figura tão triste. É que geralmente os jornalistas fazem-se anunciar e marcam essas coisas com alguém, ou não?
De qualquer forma o dito sr. não sabia o nome de ninguém mas agora todos sabemos o dele EMÍDIO GUERREIRO ou podemos chamar-lhe outra coisa qualquer, e também nós nos perderemos no vasto vocabulário que a língua portuguesa dispõe.
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