Passam oito anos
sobre o que marcou para sempre a minha vida. Nem sei que termo usar, não por
medo das palavras, como doença, mas foi ou é todo um acontecimento ou momento
prolongado, que não permite fixar uma data porque é toda uma época... Avancemos.
Oito anos é tempo, às vezes parece uma eternidade, outras parece
ontem, a maior parte das vezes é somente como as palavras de Saramago “ ainda que os relógios queiram
convencer-nos do contrário, o tempo não é o mesmo para toda a gente…” neste
tempo há realmente momentos que não esquecem e mais que momentos há pessoas.
Quando nos acontece algo deste "género", temos todo um universo de pessoas a rodearem-nos. As
que prestam a sua solidariedade amiga ou a de cortesia , as que se surpreendem
com a fragilidade do corpo, as que nos fazem companhia, a família alargada, os
amigos, os colegas de trabalho, os alunos, os amigos dos pais, os vizinhos, os
conhecidos…e isso é importante e extenuante também, mas faz parte. Depois todos
seguirão com as suas vidas, naturalmente, e ficam poucos, uma espécie de poeira cósmica na imensa galáxia do universo. E a esses, devo tudo. Nunca as palavras serão
suficientes para agradecer as vezes que me limparam as lágrimas, que choraram
comigo, que me fizeram rir, que me pegaram ao colo, que me empurraram , que disseram que estava linda (quando era o verdadeiro monstro das bolachas), que me
fizeram as vontades e que estavam, como eu, sem chão. A estas “poeiras” que
foram uma luz de estrela na minha vida, passem os anos que passarem, estarei
eternamente agradecida.
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