A cumplicidade é quanto a mim dos maiores sentimentos que se
pode nutrir por alguém. Não sei se sentimento será a melhor palavra para ser
descrita, a cumplicidade. Talvez tenha mais que ver com atitude. E dentro disso
cabe a magia e uma certa raridade de quem se é cúmplice. Há olhares que
esvaziam palavras, ou frases que se terminam, ou gostos que ninguém compreende,
e sobretudo partilha. E isto compõe, quanto a mim, as grandes amizades e os
grandes amores. A cumplicidade faz com que as amizades, as verdadeiras,
resistam à passagem do tempo, à ausência, aos diferentes pontos de vista.
Já a
falta de cumplicidade no amor, esmorece tudo. Diz o senso comum que os opostos
atraem-se, diz Carlos Tê que não se ama alguém que não ouve a mesma canção. Diz a sabedoria que neste caso não há regras, tudo é possível. Digo eu, que como a outra, não sabe nada sobre
o amor, que não há nada mais cúmplice que um casal, com uma longa vida, se
referir ao outro como my other part.
*O estrangeirismo
foi usado porque foi assim que ouvi.
*A escultura foi a que ofereci a um casal,
também ele cúmplice, para celebrar a sua futura união e com a qual partilho uma cúmplice amizade.
“ e que beijes alguém que te ache maravilhoso.”
Sem comentários:
Enviar um comentário