terça-feira, 31 de dezembro de 2013

o fato virado

“ Incorrigível fabricante de ilusões, o homem (eu, tu, aquele) nunca o é tanto como no último dia do ano. Indiferente como as mais vezes, o relógio dá as doze badaladas. É ouvido em silêncio, com atenção e reverência. (…) Pois no último dia do ano viramos fatos. É um labutar de agulha e tesoura que causaria espanto se não passasse todo ele no íntimo do sujeito. O mentiroso vai ser verdadeiro, o hipócrita será sincero, o leviano descobre que a constância é a virtude que lhe convém, o invejoso já promete aplaudir, o avarento começa a desabotoar as algibeiras. Enfim, o que é mau, prejudicial e nocivo, ali mesmo de desdiz e arrepende. Vai principiar a fraternidade universal. (…)

Ai, ilusões, ilusões, que tão pouco durais. Os bons propósitos da noite não resistem ao dia seguinte (…) mas era preciso um mundo diferente. Primeiro, que todos os dias fossem os últimos do ano, para não dar tempo a arrefecerem promessas. Depois, e aqui é que está a dificuldade maior, que a verdade fosse tão lucrativa como a mentira, que a sinceridade desse mais proventos que a hipocrisia. E por aí fora, trocando tudo."

Feliz Ano Novo.

domingo, 29 de dezembro de 2013

sábado, 28 de dezembro de 2013

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

sobre jesus

"Tal como os profetas que o antecederam, não vem propor reformas nem contestar as estruturas da sociedade. Vem lembrar verdades de sempre. Vem lembrar que existe uma ordem própria das coisas, e que o poder legítimo, seja sob que forma for, politica, jurídica ou económica, não pode ser usado para agravar os desequilíbrios e a violência que constantemente surgem no mundo."

Levantar o Céulabirintos da sabedoria, José Mattoso

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

domingo, 22 de dezembro de 2013

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

para quem adora palavras # 5

" A palavra não responde nem pergunta: amassa. A palavra é a erva fresca e verde que cobre os dentes do pântano. A palavra é poeira nos olhos e olhos furados. A palavra não mostra. A palavra disfarça.(...) Há também o silêncio (...) o silêncio escuta, examina, observa, pesa e analisa. O silêncio é fecundo. O silêncio é a terra negra e fértil, o húmus do ser, a melodia calada sob a luz solar. Caem sobre ele as palavras. Todas as palvaras. As palavras boas e as más. O trigo e o joio. Mas só o trigo dá pão."

José Saramago- Deste Mundo e do Outro/ Crónicas

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

direitos humanos

"Todos  direitos de humanidade e de cidadania devem ser conservados como sagrados"
John Locke- Carta sobre a Tolerância

domingo, 8 de dezembro de 2013

ordinary love

     

                                     

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

domingo, 1 de dezembro de 2013

pacc e tolerância

Ia falar da prova de avaliação de competências e capacidades aos quais os professores contratados vão ser sujeitos, dos 20 euros que fui obrigada a pagar "a correr" ao multibanco mais próximo, do quão ridicula é esta situação, da tolerância que pelos vistos será tema da dita prova...mas não merece o esforço, iria ser bastante maçador, repetitivo e deprimente para os reduzidos e estimados leitores deste blogue, e eu não quero ser chata, nem quero ser mais um motivo de tristeza. Sendo assim prefiro falar de uma tarde entre livros, de uma peça de teatro de Molière num dia que já foi feriado nacional.

"Prefiro viver dois dias na terra do que mil anos na história." Jean Molière