sexta-feira, 17 de maio de 2019

o prometido é devido*

*09.05.2019
* e todas as outras músicas, os músicos, o show de guitarra ( que deve ser a forma desta gente curtir fazer concertos) e os backvocals...

quarta-feira, 15 de maio de 2019

una carezza nel buio*

Una volta sentii Andrea Bocelli dire una cosa meravigliosa: il mondo è pieno di male, ma se nonostante tutto rimane in piedi, è perché di bene ce n’è un po’ di più. In un piccolo paese chiamato Consuma, un pugno di case sparpagliate sull’Appennino toscano, tutte le mattine il signor Romano solleva dal letto le sue ottantaquattro primavere, le sistema dentro l’automobile e passa a prendere un bimbo ipovedente di sei anni per portarlo a scuola. Un’impresa tutt’altro che semplice, racconta Giulio Gori sul Corriere Fiorentino: la scuola si trova quindici chilometri più in basso e per raggiungerla bisogna percorrere una strada a zig-zag, impostando curve strette e scalando marce di continuo. Quindici ad andare e quindici a tornare, due volte al giorno, dal momento che il signor Romano va pure a riprenderlo al termine delle lezioni. Perché lo fa? Il bambino ipovedente non è suo nipote. Non è nemmeno il nipote di un suo amico. È il figlio di un taglialegna macedone che lavora nei boschi e non ha tempo per portarlo a scuola. Il piccolo non può usufruire del servizio bus del Comune: manca l’accompagnatore richiesto per i disabili. E così ci pensa il signor Romano. Lui dice che a 84 anni la fatica è tanta, ma è ricompensata dalla visione del suo minuscolo passeggero mentre saluta i compagni a uno a uno, accarezzandoli sulla faccia per riconoscerli. Bocelli ha ragione. Grazie al signor Romano e a quel bambino, il mondo ricomincerà anche domattina.

* uma carícia no escuro;
* a língua italiana com a qual se atende turistas e que permite ler artigos do jornal corriere della sera 

terça-feira, 7 de maio de 2019

descobri piqueras *

Copos de sede

Se duvidas da tua sede, não te atreves
a perguntar-lhe ou a dar-lhe um nome,
se só sabes que procuras água
que a sacie e não encontras senão um poço,
e neles ecos te chamam, bebe.

Se a sede ao beber desaparece
é porque era só sede. Continua a procurar.

Mas se cresce em ti quando a sacias,
se queres não deixar de ter sede
e sim continuar a beber dia e noite
copos de sede, não duvides:
podes chamar-lhe amor, continuar sofrendo
e saber que não existe quem te guie.

*instruções para atravessar o deserto

domingo, 5 de maio de 2019

mãe mãe mãe mãe mãe mãe


estou aqui à espera de nada*


Estar à espera associa-se a uma impaciência desesperante. Eu não gosto de estar à espera, do mesmo modo que não gosto que esperem por mim ( tipo é as 10, eu estou às 10 e desejo que os outros estejam às 10) , embora tenha sempre um período de tolerância e paciência extra mas limitada.
Esta espera , revelada por José Tolentino de Mendonça, é de outro tipo. Estar disposto a conhecer, a contemplar tudo o que está à nossa volta e nos preenche enquanto esperamos nada.  

livros - o falador (mario  vargas losa) , o passado é um país estrangeiro (ali smith) , eu e tu (niccolo amamantini) , o sentido do fim (julian barnes), o pequeno caminho das grandes perguntas (josé tolentino mendonça),  capítulos e versículos da bíblia; 
música - todas de simon and garfunkel (outra vez), piece of my heart, maybe, me and boby magge, cry baby etc jannis joplin, i say a little paryer artetha franklim, e todas do zeca afonso e todas da rádio sim; 
filmes -  amadeus, no portal da eternidade ( van gogh),  a favorita,  greenbook, maria de magdala, a mula, as pontes de madison county,  the wife, il nuovo cinema paradso, la pazza gioia, miss you already..
séries - todas da rtp2 : jogos de poder, comissário montalbano, visita guiada, literatura aqui...

"A imensidão não se pode perder" lema de Emily Dickson sobre o desejo de viagem por um sucessão de lugares onde nunca foi e a inquietação de um peregrino. 

* do pequeno caminho das grandes perguntas
* monet, ponte japonesa 1899