quarta-feira, 24 de junho de 2015

manjerico


Ó bendito S. João
linda flor celestial,
tomai nosso coração
é tesouro sem igual!

auto dos pastores - 1977

segunda-feira, 22 de junho de 2015

s. joão e o rei david*


*"Arte com Tradição "de Margarida Costa

quarta-feira, 10 de junho de 2015

segunda-feira, 8 de junho de 2015

escritos ocasionais # 2

Era uma moça, expressão que caracteriza as jovens mulheres, que já passaram o tempo da meninice mas não em demasia para serem mulheres. A moça trazia sempre um ar bem disposto, passava pela manhã e saudava todos com um alegre Bom Dia. Houve um tempo em que a moça desapareceu. As pessoas habituadas à sua passagem estranharam a ausência. Entre os dias que vão passando ela regressou. Mas não era a mesma. O semblante escuro como a roupa e o bom dia quase num sussurro falaram por ela. Sussurram-se também pelos corredores o que teria acontecido e num tom irrefletido ouve-se o coitada. Felizmente ou infelizmente há pessoas que pensam mais que outras e que conhecem aquela dor, que de tão emocional torna-se física, até que o tempo a adormece. Continuam a saúda-la todos os dias, obrigando-a por instantes a sair da escuridão. O sussurro já não é tão baixo. E um dia será um Bom Dia.

sábado, 6 de junho de 2015

una furtiva*



* "ópera, a música própria para operários"
* una furtiva lácrima - ultimo ato da ópera L´Elisir d´Amore, estreada em Milão em 1832, de autoria de Gaetano Donizetti.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

imagens ocasionais*



* " Dois tempos, o mesmo lugar" - Exposição de Escultura de Rogério Timóteo 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

escritos ocasionais # 1

Vestiu-se sem saber que tempo fazia lá fora, quando pôs os pés na rua percebeu que ia ser um dia daqueles de oscilações primaveris. Arrependeu-se ter vestido aquela camisa branca, não tão branca quanto já fora, mas que servia perfeitamente para vestir por baixo das camisolas e casacos de inverno. O calor fê-la abandonar o casaco e a camisa sozinha deixou-a desconfortável. Percorreu as ruas ao mesmo tempo que ia pensando, como podia ter escolhido outra roupa naquela manhã. Como poderia ter cuidado melhor do seu cabelo, como se sentiria nos saltos altos ou se tivesse posto o baton, o blush e o rímel. Perdeu-se dos seus pensamentos quando uma nova onda de calor a evadiu. Riu quando pensou como o seu termóstato deveria estar avariado. Voltou aos seus pensamentos. Pensou estar a meio de um jogo cujas regras, sem propósito cumprido, se aproximam de um fim que desconhece se irá ser glorioso ou não.  Esquece tudo e volta a culpar a camisa. Não vê a hora de livrar-se dela. Vai lavá-la e guardá-la até ao próximo inverno.