domingo, 1 de agosto de 2021

o dia inicial

No dia 8 de abril de 2011, estive com Otelo Saraiva de Carvalho na escola em que estava a dar aulas, no âmbito das celebrações do 37º aniversário da revolução, onde este fez a apresentação do seu livro O Dia Inicial e nos falou como foram aquelas horas essenciais para a libertação do país de uma longa ditadura. Quando contei sobre isso aqui no blogue referi as mil e uma vezes em que usou a expressão pá, camaradas pá e o abraço de camarada de guerra colonial na Guiné entre Otelo e o meu pai.  Nestes tempos estranhos em que se começa a preparar os 50 anos da revolução, ouvi no outro dia num programa de rádio, alguém comentar sobre a importância do dia da revolução, e como  essa celebração começará a ser vivida de outra forma, quando os capitães de Abril já não estiverem aqui. Em pensamento concordei imediatamente. E agora se vê, que no final dos dias, apesar de caberem tantas vidas dentro de uma só pessoa, não há silêncio, nem luto nacional que deveria ter sido para Otelo e para todos os que tornaram limpa uma madrugada livre na qual hoje todos vivemos.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

vai o viajante #20

A viagem continuou do outro lado do mondego. Ver tanta gente reunida tendo a música como união é sempre comovente. Trocaram-se algumas palavras com quem vinha de longe, enquanto se via a squadra azurra na pizzaria, tutto molto italiano, portanto. E com toda a segurança, jamais imaginada em outro tempo, lá se tomou lugar. Entrou o coro, a orquestra, o cantor. Acompanhou-o uma soprano para os duetos de algumas árias. Quase no final Mariza e o ohhh gente da minha terra criou o arrepio geral. Foi bonito, emocionante e acabou rápido demais. A viagem continua. A música também, sempre.

Guarda questa terra che
Che gira insieme a noi
Anche quando è buio
Guarda questa terra che
Che gira anche per noi
A darci un po' di
Sole, sole, sole

terça-feira, 27 de julho de 2021

vai o viajante #19







O viajante não o tem sido por força desta circunstância digna de um romance distópico ou de um filme meio apocalíptico. Pois confinou-se, desinfetou-se, desconfiou-se, mascarou-se tudo num arco iris do vai ficar tudo bem... Este viajante não vai querer viajar pela pandemia, apenas fazer mais um relato pelo que recentemente visitou, não muito longe, mas que deu para encher um vazio, recuperar a energia, limpar um bolorzinho da alma*. 
O viajante estava hesitante, mas a música acabou por ser o grande o motivador. Comprou bilhetes para ouvir  Andrea Bocelli. O concerto será em Coimbra, cidade que já visitou mas da qual ainda tudo não viu. O mapa automático levo-o direto a Alta e Sophia classificada como Património da Humanidade, desde 2013, aqui se incluem os edifícios da universidade, o pátio das escolas, a torre da cabra, a biblioteca joanina coroada por uma bela vista sobre o mondego. O viajante não se espanta porque já lá tinha estado e porque vem com outro propósito. O museu nacional Machado de Castro foi também ele abrangido pela classificação da UNESCO e tem um espólio denso, único e dos mais variado de Portugal. A visita inicia-se pelo Criptopórtico Romano que é impressionante por vários motivos: o primeiro tem que ver com a própria estrutura arquitetónica romana, construída para vencer o desnível da cidade com galerias de arcos e túneis super bem conservados. Ainda há pouco o viajante teve uma aula de cidade e centro histórico e foi mencionado este recurso arquitetónico, mas o viajante jamais imaginava percorrer estas galerias que espelham toda a firmitas, utilitas e venustas das construções romanas. Claro que é impossível não pensar nos retrocessos da humanidade, que avança e cria coisas eternas e que pela mesma condição retrocede, esquece e abandona. E este museu tem qualquer coisa de abandono. O museu está no coração da cidade de aeminium – o fórum romano e é curioso que há medida que subimos no edifício encontramos todas as épocas da história da arte. É a vez da idade média, da pedra de ança, dos grandes escultores Nicolau de la Chanterne e João de Ruão e não faltam Nossas Senhoras, Anjos e Santos e até um claustro gótico. O viajante está maravilhado, sente que precisaria de muito mais tempo, porque está diante de peças que já viu em tantos manuais, em antigos slides das aulas de história de arte, e encontra o cavaleiro. Aquele cavaleiro medieval que a memória logo remete para as aulas de história medieval portuguesa. Queria ficar mais tempo, mas há tanta coisa ainda a ver. Segue para uma área onde estão vários retábulos renascentistas. São enormes pertenciam a conventos e mosteiros da região. Lembra o convento de Santa Clara Velha inundado pelas águas do mondego que obrigaram a que se construísse um novo. Depois há um conjunto de esculturas em terra cota dedicadas à paixão de cristo, pinturas, trípticos, relicários, ourivesaria litúrgica e azulejos decorativos e didáticos (e destes nunca tinha ouvido o viajante falar) com os hemisférios celestes, fórmulas matemáticas e geométricas. Há mais salas e uma menção a Machado de Castro que foram vistas muito a correr e que deixaram com pena o viajante, ainda mais porque já não são horas de adquirir o livro/catálogo, as portas estão abertas para os visitantes abandonarem o abandonado museu. A alta e sophia não se encerrou há ainda uma sé aberta. Curioso, as cidades terem duas sés para um só bispo. Há cidades que transformam igrejas em sedes de bispado por ser recente a sua diocese e outras que uma não é suficiente. Ao que parece em Coimbra a velha sé românica é agora igreja paroquial e serve de cenário para as serenatas. O bispo tem a sua cátedra na igreja do antigo mosteiro das onze mil virgens, desde 1772, altura em que o marquês expulsou a Companhia de Jesus do reino. Correção! o marquês não. foi o rei D. José I. Os jesuítas expulsos, o cabido instalado acrescenta barroco à fachada e à capela mor, com os órgãos de tubos e outros retábulos que enchem os olhos dos visitantes. A leitura é do livro da sabedoria, uma das preferidas do viajante, e o celebrante sem ares de estrela rock, fala sobre os justos, a boa nova do novo testamento e sobre os que redivivem " Talita Cum".

* A cidade e as serras - Eça de Queirós;
* Sb 1, 13-15; Marcos 5, 21-53

sexta-feira, 16 de julho de 2021

euro 2020-21

 A squadra azurra venceu o campeonato europeu de futebol. A seguir claro, a Portugal era a minha equipa preferida. Este campeonato foi meio estranho mas ao mesmo tempo foi tão bom. Este blogue já dura há não sei quantos campeonatos e eu adoro sempre os hinos, a união entre jogadores, o ânimo que a festa do futebol transmite ( às vezes ânimo a mais) e o quanto entretém. Ver um estádio cheio de pessoas sem máscara a abraçarem-se num golo causa agora uma de duas reações eehhhhhhhhhhhhhhh e o quê o quê ??lá não há covid!!!!!!! Bom, a UEFA viu que este modelo de campeonato em não sei quantos países não funcionou ainda mais neste contexto de pandemia. A inglaterra estava à espera que a taça ficasse em Home mas ela foi para Rome. Eu que não vi futebol, todo um ano, a não ser o final da taça braga vs benfica vi quase todos os jogos e adorei que a itália tivesse sido a vencedora. 


A tutti voi Perché in questa incredibile avventura ci siamo portati dentro voi.Davanti gli occhi voi.Nei nostri cuori voi.Il dolore di chi ha sofferto. Le fatiche di quanti sono stati messi in ginocchio dalla pandemia. La voglia di tornare a vivere. I volti di donne, uomini, vecchi, giovani, bambini e di coloro che ci hanno salvato la vita: i medici. Ci avete spinto voi. Ci avete aiutato voi. Avete cantato con noi.Il risultato è solo una parte del gioco ma questo risultato, questa vittoria, queste lacrime di gioia sono dedicate a voi. Giorgio Chiellini

terça-feira, 6 de julho de 2021

Mnemosine *

Remorso por qualquer morte

Já livre da memória e da esperança ,
quase futuro, ilimitado, abstrato, 
não é um morto, o morto: ele é a morte.
Como esse Deus dos místicos, 
o morto ubiquamente alheio
é só a perdição e a ausência do mundo.
Roubamos-lhe tudo,
não lhe deixamos uma cor nem uma silaba:
é este o pátio que os seus olhos já não partilham 
e aquele o passeio onde perscrutou a sua esperança.
Até o que pensamos poderia ele pensar;
repartimos por nós como ladrões
todo o caudal das noites e dos dias. 

jorge luis borges





* deusa da memória
* memória, história e historiografia 
* historia magistra vita est

domingo, 30 de maio de 2021

identidade nacional *

 José Gomes Ferreira , o jornalista da sic decidiu escancarar a verdadeira história de portugal - o que os compêndios não dizem- com o objetivo de provocar os historiadores que calam ou consentem com a história oficial. Mas o seu principal objetivo é que não ensinem aos meninos da escola que Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil em 1500 e que Portugal (port du gral) teve na sua formação os interesses papais com ajuda dos templários. E novidades???

Há um outro senhor jornalista que costuma escrever no facebook, tipo cartas abertas a pessoas por relação com datas importantes ou situações da atualidade. No inicio até gostava mas agora já acho batido. O mesmo posso dizer sobre josé gomes ferreira que tem tanto de lúcido como de presunçoso e pessimista em termos de economia nacional. Diz que há 2 anos que anda a navegar nas wikipédias desta vida e descobriu a verdade que o resto dos portugueses ignora.  A verdadeira HISTÓRIA de Por du Gral. 

1. Quem pensar na História conhece um cliché batidíssimo dos "fracos não reza a história" e porque será isso? 

2. Alguma dúvida que a História é injusta? Que quem a escreveu e escreve tem propósitos políticos e sobretudo propósitos de poder. Que os falhanços são tão bem escondidos em manhãs de nevoeiro cerrado.

3. Que os grandes feitos são exaltados sempre que é preciso dar ânimo e união a uma sociedade. Quantas vezes, neste tempo, não invocamos o heroísmo dos que "servem" as pessoas e o país. 

4. Mas para o senhor era importante mudar a data da descoberta/achamento do Brasil...porquê?? porque andam a vandalizar estátuas; porque a nossa história é lindíssima e as pessoas em geral , os professores em particular enganam os meninos na escola. E os canais de informação o que fazem?? e os historiadores o que fazem??? 

5. Tenho pena que nessa pesquisa wikipédia fora não tenha DESCOBERTO todos os estudos e debates que se fizeram no ano 2000 sobre as teorias muito fundamentadas por historiadores sobre a data de 1500. Também tenho pena que não tenha lido a História do Cerco de Lisboa do nobel José Saramago, se quiser fazer uma abordagem mais romanceada, sobre quem colaborou com D. Afonso Henriques na reconquista;

6. Os cavaleiros da ordem do Templo, assim como outras ordens religiosas e militares, tinham como mote a salvação dos infiéis, mas não foi por isso que se envolveram em guerras sangrentas. O que  os move é o poder que isso lhes confere e as terras que o rei lhes vai doar, numa relação feudo vassálica, típica da idade média. Uma imensidão pesquisável com palavras tipo : convento de cristo, tomar, castelo de almorol...etc e tal; Que o Papa era o chefe da igreja católica mas também um príncipe nos vastos condados e ducados de itália, sedento de onças de ouro e sem nenhuma vocação cristã, também não é novo. Por algum motivo ocorreu a reforma protestante, também ela corroborada por interesse de reis que se fartaram de doar e servir o papa. O Papa daquele tempo, não o Papa Francisco! 

7. A sociedade tem tido uma dificuldade imensa de olhar para o passado, com os valores e pensamentos que não os deste tempo e daí as confusões históricas , o vandalismo de iconografia, o desfasamento temporal. Mas no entanto reage com foram os portugueses e não os espanhóis ou os ingleses que chegaram a xyz...afinal? somos todos iguais ou há uns mais grandiosos que outros? 

8. Já estou a ficar cansada e temo que os pontos não cheguem a um fim. Termino, amanhã tenho aulas para dar. 

9. Da minha parte e seguindo a linha de um filosofo iluminista alemão «Sapere Aude»*

10. port du gral - dava um novo código da vinci- quem quiser que aproveite. 

* José Mattoso ( um livro de 67 páginas da Gradiva que explica tudinho com fontes históricas verdadeiras);

* Immanuel Kant « Ousa saber»

quarta-feira, 19 de maio de 2021

domingo, 25 de abril de 2021

47 anos de Liberdade


 Temos sempre que celebrar os acontecimentos de 25 de Abril, por muito que o tempo em que vivemos nos tire a força e a energia. O presidente da república falou na importância da História, da compreensão, da análise do passado e eu concordo, não podemos esquecer e temos que lembrar as vezes que forem necessárias que antes de 25 de Abril de 1974 existia censura, níveis de pobreza e iliteracia elevados; um único partido, uma policia politica, prisão sem julgamentos, e guerra. Os cravos de abril são vermelhos, mera casualidade, mas assim se devem manter e com eles a certeza que a democracia, com todas as suas falhas, é o sistema que nos permite a escolha e o livre pensamento. e neste dia temos sempre que lembrar a coragem de quem avançou e acreditou na mudança.

«Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou. Ora nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos» - Salgueiro Maia

sexta-feira, 23 de abril de 2021

sem título

Podemos ler todas as palavras e estar conscientes que a vida é uma graça passageira, que pese embora a memória de momentos felizes, há algo que nos esmaga quando sabemos que nunca mais iremos ver aquela pessoa. Isto é um pequeno exercício de catarse a ver se alivio esta dor, para a qual nunca estamos preparados. 

Este bom gigante tinha uma paciência infinita e uns olhos cor de mar. Ensinou-nos que o segredo para um bom bronze era “molhar e secar” e são tantos os episódios de ensino de deustch, do “há os carros e há os mercedes”, tantos momentos de verão na infância, no rio e na praia, de quanto adorava as minhas festas de aniversário e tantas as vezes que reviveu após duras provas.

Tinha uma amor gigante pela sua terra, à qual vai agora voltar. meine shatze.

sábado, 10 de abril de 2021

primavera


na melhor esplanada da cidade - livraria centésima página

segunda-feira, 5 de abril de 2021

não se pode explicar



Já falei aqui no blog várias vezes sobre o Caminho, da tanta vontade que tive, que tenho de o fazer. Esta  vontade  que se move pelo convencimento de que nunca vou e no tanto que preciso ir. Gostava de conseguir ir só , de não pesar a ninguém, de ter toda a força física necessária e aproveitar a paisagem, as pessoas, as pequenas igrejas românicas, os mosteiros ermos e a imensidão das catedrais góticas.  Cada vez que penso no Caminho tenho a sensação que  já o fiz...mas não me importava de ir pelo menos uma vez mais. 

domingo, 4 de abril de 2021

redivivo

José Mattoso - História Contemplativa


domingo, 14 de março de 2021

fotografia

 

Não achei o filme nada de extraordinário mas esta frase logo no inicio não me deixou desligar:

«Daqui a uns anos quando vir esta fotografia sentirá o sol na cara, sentirá o vento no cabelo e ouvirá todas estas vozes. Ou acabará por se esquecer. Ficará perdida para sempre.»

não é isto a fotografia?

segunda-feira, 8 de março de 2021

dia internacional da mulher

Geralmente quando leio o que escrevi aqui no blogue tendo a não gostar, mas as mensagens sobre o dia internacional da mulher são exceção. Até me espanto! Este ano continuo a não gostar do Feliz Dia e a florzinha emoji e Parabéns. Por conta disso dei uma teoria on line aos alunos sobre o  seu significado e o pobre que pela manhã me felicitou deve ter-se arrependido ter entrado na "chamada". Eu fui bem pedagógica e centrei-me nos dias internacionais tipo:

dia internacional dos direito humanos  #felizdiadosdireitoshumanos

dia internacional das pessoas com deficiência #felizdiadaspessoascomdeficiencia

Para mim o dia é de luta. luta pela igualdade. 

domingo, 7 de março de 2021

100 anos

 

O PCP comemora o seu centenário. É o partido politico português mais antigo, aquele que mais lutou pelo fim da ditadura, aquele que historicamente mais lutou pela igualdade. Os grupos humanos, dos quais fazemos parte, podem-se associar, ignorar ou combater, mas tudo se passa no Tempo e no Espaço e os do PCP sempre foram o do combate. «Em tempo feroz de desmemórias e revisões da História, assinale-se a justeza deste balanço. E o facto de continuarem a ter premente atualidade as lutas pela dignificação dos deserdados da terra.»

* Vitor Serrão - historiador de arte, professor universitário, militante de causas.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

a espantosa realidade das coisas #1

Temos saudades uns dos outros, de estar juntos, de viajar, de jantar. Eu também de encher caixas com postais, bilhetes de concertos, exposições e museus . Se as minhas caixas fossem pessoas estariam extremamente tristes. Aproveitei o que pude mas a vontade de ir, de sair e de estar fora de casa aumenta a cada dia de confinamento. 

Hoje encontrei na crónica de Valter Hugo Mãe estas palavras* numa reflexão sobre o quanto temos estado ligados à televisão, às plataformas com conteúdos que nos entretêm nestes dias sem fim. Quando as li primeiro pensei - uauauauuuu acho sempre maravilhoso este dom que alguns têm de escrever aquilo que nos vai no pensamento e transformá-lo em palavras perfeitas; e uauauauuu que eu já pensei nisto tantas vezes: e se  a gente se habitua a este estar só. Só com os de casa, só com os pensamentos, só com as opiniões, só com os livros, só com a música, só com a netflix. Só com a solidão.

*« O meu medo é de não sermos mais um colectivo coeso, pacífico, quando desligarmos os ecrãs e tivermos de recuperar a rua, o encontro com toda a gente»

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

história, memória e legado*

 Adorei..adorei..adorei


* + fotografia

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

quarta

«Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais, ambas grandes, ambas tristes, ambas temerosas, ambas certas. Mas uma de tal maneira certa e evidente, que não é necessário entendimento para crer; outra de tal maneira certa e dificultosa, que nenhum entendimento basta para a alcançar. Uma é presente, outra futura, mas a futura vêem-na os olhos, a presente não a alcança o entendimento. E que duas coisas enigmáticas são estas? Pulvis es, tu in pulverem reverteris: Sois pó, e em pó vos haveis de converter. Sois pó, é a presente; em pó vos haveis de converter, é a futura.»

Padre António Vieira - Sermão de Quarta Feira de Cinzas

domingo, 14 de fevereiro de 2021

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Flannery O´Connor


 « Num certo sentido a doença é um lugar, mais instrutivo que uma longa viagem pela Europa; é um lugar onde jamais encontras companhia; ninguém pode seguir-te. »

* dia internacional do doente;

* é muito mais duro de crer - o hipopótamo de deus -jtm

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

farei versos de puro nada*

o que me tem salvado por estes dias:
curso " Caminhos Cruzados ..." e todos os seus fantásticos oradores, a inspiradora Ana Luísa Amaral e a sua Ágora - um livro de poemas com santinhos;

livros:   A História Contemplativa ( José Mattoso) ; A Relíquia (Eça de Queirós) Fratelli Tutti (Papa Francisco); O Profeta( Kahill Gibran) O Hipopótamo de Deus ( Tolentino Mendonça outra vez); Perguntem a Sarah Gross ( João Pinto Coelho);

música: diabo na cruz; vivaldi; cramberries, the weekend..e sem rádio sim  ohhhh vai comercial (programa já se faz tarde)  e renascença ( extremamente desagradável);
filmes: depois do consumo exagerado de filmes natalícios sobre chocolate quente, abandonei mais ou menos a foxlife e vi basicamente a série em que todos gostam do ladrão Lupin não fosse ele o Omar Sy e um ou outro que já não me lembro a não ser VIVE e Deus Cérebro.

o que me irrita:
o tom critico de todos os canais de informação falam sobre a gestão da pandemia; aquele homem que escreve livros e é pivot e que eu já li tanto e agora não suporto; a gestão das vacinas, a gestão de tudo isto.,e mais as pessoas que criticam tudo, que não sabem nada mas que exigem o natal e os jantares, as viagens, os egoístas, os que passam à frente, os criadores das fake news , as ondas de ódio ,  o fecho e abertura...cansativos.

* Guilherme de Aquitânia século XII