sábado, 4 de fevereiro de 2017

happy new chinese year






Se não fosse a entrada no ano novo chinês, este post não tinha muito sentido, já que passaram quatro dias do segundo mês do ano do calendário gregoriano. mas como podemos sempre começar de novo, é melhor agarrar a oportunidade que começou no dia 28 de janeiro e que oficializa o ano do galo. Continuamos no ano da graça de 2017 e eu continuo a não ser fã desse número, mas vou fazer um esforço. Segundo Pitágoras esse é o número da perfeição, do sagrado, do poderoso. Segundo as canções da maria há sete dias da semana e sete as notas musicais e mais sete as cores do arco-íris...e há toda uma tradição medieval dominada pelo catolicismo que criou as sete ordens de misericórdia, sete sacramentos, sete pecados capitais..e depois há listas com as 7 maravilhas do mundo antigo e moderno..tantos setes !!!será realmente!?não sei hesito!! deve ser uma coisa da herança judaica-cristã do ocidente ou assim. Procuro e vai tudo dar ao mesmo: transformação, criação, mudança de ciclo..continuo não muito convencida.
O ano novo chega e há que recebe-lo e fazer de novo. A primeira coisa é assistir ao concerto de ano novo da orquestra filarmónica de Viena. A emissão transmitida para mais de 90 países por todo o mundo, apresenta uma novidade,o jovem  maestro Gustavo Dudamel ,de 36 anos dirige esta orquestra e cumpre o sonho da sua vida. E as polcas e valsas ganham um novo vigor e a alegria e contentamento no seu rosto espalha-se pelo mundo unido pela música. Bonito. 
Logo chega o dia da Epifania, conceito desenvolvido por Santo Agostinho e que se prende com o grande paradoxo de Belém, onde nasceu um rei tão pequeno e tão grande, que atraiu magos do oriente a um estábulo. O termo define a manifestação de grandeza e humildade na figura de um menino que iria ser a pedra angular onde se juntavam duas paredes, os judeus e os gentios ( todos os povos não judeus). Não sei que pensar da sorte destes povos todos, mas sei o que disse um dos homens que na antiguidade clássica pensou na história e no passado como um problema filosófico " Não são os homens a dominar a sorte, mas a sorte a dominar os homens." - Heródoto. Concretamente foi-se um sinal e ficou uma scarface. sorte? talvez.
Procura-se na estante um livro e encontra-se um iniciado há uns anos. E de novo os judeus, estes perseguidos e expulsos de Lisboa num massacre de abril de 1506 no reinado do rei venturoso D. Manuel I. Curioso que os sobreviventes encontraram refugio em Constantinopla, uma cidade muçulmana. Neste cenário de Richard Zimler os personagens envoltos na resolução de um mistério questionam-se sobre a origem da perseguição " Será que os cristãos-velhos nos odeiam tão ferozmente por lhes termos dado Jesus, o salvador que nunca tinham desejado." Pobres deles que não sabiam para o que estavam guardados. Séculos mais tarde haverá um dia de janeiro, designado pelas nações unidas, para que não se esqueça as vitimas de holocausto ( palavra grega que significa sacrifício pelo fogo). Triste a malvadez da humanidade. Triste que há nossa volta existam sinais dos perigos de esquecer. Triste a figura do que diz America first..America first. A resposta do mundo humorístico é fantasticamente divertida e ainda bem que portugal tem tanto para oferecer ao mundo como um ex-primeiro ministro que esteve preso e que diz que é engenheiro, para ser second.
Tudo resumido e interligado..É isto. 
happy new chinese year.