Às vezes...
As palavras voam em cor
Por raias de horizonte.
E aí fluem, donas de si,
Estranhas e leves!
Não se prendem nem sujeitam.
Emaranham emoções,
Desenham desejos, paixões,
Esfranjam-se, dissipam-se e levam,
Para lá do horizonte, o poema e a cantiga.
Na voz, o silêncio.
No papel, um alvo ou negro nada.
E na alma..
Palavras esfumadas
Sem serem presas, nem domadas
São íntimas, sós,secretas, não partilhadas!
Jorge Pimentel
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
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