Entre as planícies plenas de vinha e oliveiras, e uma ou outra curva
nas imensas rectas do Alentejo encontra o viajante Mértola. O Guadiana marca a
sua presença e torna a paisagem ainda mais encantadora. A origem encontra-se no
tempo dos fenícios, que ali criaram um importante porto comercial. O mesmo que,
séculos mais tarde, pelas mãos dos romanos havia de chamar-se Myrtilis , depois chegaram os árabes
e assim Mértola se manteve com um papel essencial nas
rotas comerciais do Mediterrâneo. O rei conquistador não a tomou dos mouros,
ficaria a função para D. Sancho II. Como conta a história, os conquistadores
pertencentes a ordens militares e
religiosas desempenharam papel fulcral nas lutas da reconquista e assim em 1238,
Mértola torna-se a primeira sede da ordem de Santiago.
Nesta vila há vestígios
de todas as épocas. O viajante impressionou-se com o castelo, com a igreja
matriz (antiga mesquita), com as escavações que põe a descoberto o bairro islâmico,
com o silêncio e profundidade do cemitério. O que lhe agradou mais é a mistura,
é ver como as construções e a cultura de diferentes povos, resultaram num lugar singular. O viajante está agradado com a paisagem e com o tempo ameno, sem o
calor abrasador que sempre marca as terras do Alentejo. Já sabe qual o próximo destino.
A viagem continua.
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