Abro a caixa do inverno. Tiro os ventos,
as rajadas da chuva, os bancos de neve de onde
fugiram os pássaros. Desenrolo à minha
frente os pântanos do inverno. Ando à volta
deles para desentorpecer as pernas; sacudo
o frio das maos, limpo a chuva que se me colou
aos cabelos. Depois volto a lançar os dados
- e avanço até à primavera.