domingo, 10 de janeiro de 2016

abro a caixa do inverno


Abro a caixa do inverno. Tiro os ventos,
as rajadas da chuva, os bancos de neve de onde
fugiram os pássaros. Desenrolo à minha
 frente os pântanos do inverno. Ando à volta
deles para desentorpecer as pernas; sacudo
 o frio das maos, limpo a chuva que se me colou
 aos cabelos. Depois volto a lançar os dados
- e avanço até à primavera.

O Jogo - Nuno Júdice

sábado, 9 de janeiro de 2016

inspiradores *


- tenho medo.
- de quê?
- não sei.
- eu sei.
- e agora?
- espero.
- até quando?
- até chegares. 

* Pequenas Memórias - José Saramago

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

a começar


" A beleza só pode ser medida pela escala da grandeza e da necessidade interior (...) É belo o que procede de uma necessidade interior da alma. É belo o que é belo interiormente."

Kandinsky