domingo, 5 de maio de 2019

estou aqui à espera de nada*


Estar à espera associa-se a uma impaciência desesperante. Eu não gosto de estar à espera, do mesmo modo que não gosto que esperem por mim ( tipo é as 10, eu estou às 10 e desejo que os outros estejam às 10) , embora tenha sempre um período de tolerância e paciência extra mas limitada.
Esta espera , revelada por José Tolentino de Mendonça, é de outro tipo. Estar disposto a conhecer, a contemplar tudo o que está à nossa volta e nos preenche enquanto esperamos nada.  

livros - o falador (mario  vargas losa) , o passado é um país estrangeiro (ali smith) , eu e tu (niccolo amamantini) , o sentido do fim (julian barnes), o pequeno caminho das grandes perguntas (josé tolentino mendonça),  capítulos e versículos da bíblia; 
música - todas de simon and garfunkel (outra vez), piece of my heart, maybe, me and boby magge, cry baby etc jannis joplin, i say a little paryer artetha franklim, e todas do zeca afonso e todas da rádio sim; 
filmes -  amadeus, no portal da eternidade ( van gogh),  a favorita,  greenbook, maria de magdala, a mula, as pontes de madison county,  the wife, il nuovo cinema paradso, la pazza gioia, miss you already..
séries - todas da rtp2 : jogos de poder, comissário montalbano, visita guiada, literatura aqui...

"A imensidão não se pode perder" lema de Emily Dickson sobre o desejo de viagem por um sucessão de lugares onde nunca foi e a inquietação de um peregrino. 

* do pequeno caminho das grandes perguntas
* monet, ponte japonesa 1899 

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