sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

momento tipo-quase pink


Então, o Paulo Sousa era basicamente a minha pancada de adolescência, juntamente com os Bon Jovi. Não havia teenager que não coleccionasse recortes de jornal, posters e até cromos. Não sofri daquela outra pancada que dá quando nos sentimos mais adultas e deita-se tudo fora. O que quer dizer, que ainda andam por aí folhas de jornal amarelado pelo tempo e capas de cadernos, cuidadosamente, encadernados com fotos do jogador. O moço era giro, usava o cabelo comprido q.b , tinha um ar misterioso e jogava bem...era médio, não marcava muitos golos mas era decisivo,  não era? 
Pois que o tempo passa a gente adquire outras pancadas e esquece-se...até que o Basileia, que é uma equipa suíça, está a jogar muito bem, elimina não sei quem, joga com o fcp e o jogador agora treinador aparece com grande destaque no telejornais e oohhhhhhhh que é isto? tá um bocadinho magro, mas igualmente giraço e cabelos brancos e agora fala mais e tal. O tempo das pancadas já lá vai...mas eu vi o jogo e queria que o Basileia ganhasse.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

filmes

Finalmente a minha máquina de filmes foi actualizada e não perdi tempo em ver os filmes do momento (aqueles que ganham óscares). Em algumas edições, como a de este ano,  não percebo as vitórias e diz o Mário Augusto que tem que ver com as técnicas de filmagem, com as histórias que tocam a academia e geralmente com os que sofreram mais na pele com os seus papéis. Pois os entendidos é que sabem, para a mim as histórias vencedoras não são más, mas tocam em demasia o depressivo-filosófico e as imagens o psicodelismo. Eu perdi umas 6 horas e só fiquei mais leve depois de assistir a Frozen ( vencedor no passado na categoria melhor música). Muito exigente, portanto.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

protocolo e sermões


Era uma simples questão de formalizar uma situação que tem vindo a acontecer regularmente entre duas instituições, mas uma simples reportagem nos jornais regionais torna tudo mais visível. Espero que todos os que leram os jornais, e me saudaram, compreendam e interiorizem a mensagem : " Mais importante que a eliminação de barreiras físicas, é a formação de mentalidades e comportamentos sociais relacionados com a deficiência". E assim se continua a pregar o Sermão aos Peixes. 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

em braga*


O viajante já se deslumbrou com as magníficas paisagens, visitou aldeias e cidades umas com mais interesse que outras, navegou nas tradições e lendas, registou momentos, saboreou o que de melhor a gastronomia regional oferece. Apostou na visita aos edifícios românicos, por  serem os seus preferidos, apontou os pormenores e as surpresas. Enfureceu-se com o mau gosto, desiludiu-se e entristeceu-se com as patranhas históricas criadas numa época relativamente recente. Percorreu quilómetros, e eu toda contente com as suas descobertas, com as semelhanças entre os gostos, deliciada com o que o viajante tem relatado da sua viagem. 
Eis que o viajante chega a Braga.  Sem contar com a irónica e surpreendente história de S. Jorge, o resto é um relato sombrio, daqueles em que o sol, por não brilhar torna tudo triste e feio. 
Certo que esta viagem já ocorreu há algum tempo, que Braga não era uma cidade que atraísse turistas, como hoje acontece, mas este viajante merecia melhor. Merecia ver como os locais de interesse artístico e patrimonial estão  hoje tão melhor preparados para impressionar quem os visita. O viajante gostou de muita coisa em Braga, mas tenho para mim que hoje ficava mais agradado. O tempo recuperou edifícios, musealizou espaços, organizou peças e colecções, revitalizou tradições. Que pena o viajante não poder voltar. Ohhhhhh que leitora tão pouco atenta às palavras do autor. O viajante volta sempre. Ele anda por aí. 

* Viagem a Portugal - José Saramago

domingo, 15 de fevereiro de 2015

um pouco mais



Tenho para mim que quando distribuíram a imaginação eu não estava presente, ou então perdi-a algures. Às vezes consigo ser muito pouco original e tendo a tornar-me repetitiva. Não é o mesmo que acontece quando gostamos muito de uma coisa, daquelas de comer, come-se tanto ou tanta vez que se fica enjoado. Tem mais que ver com música, ou com pessoas, ou lugares, ou andorinhas, em última instância com relógios. Ora tanto parlapiê, para dizer que foi a sexta vez ( é verdade 6*) que assisti a um concerto de Pedro Abrunhosa e gostei, como gosto sempre. Foi um dia de invernia irado com todos os elementos no seu esplendor: vento, chuva e frio a ajudar para a passagem da falsa fronteira e uns obstáculos a mais. Mas tudo faz parte e foi como sempre um grande espectáculo, com as músicas de há 20 anos e desde esses 20 anos até agora. Uma viagem pelas palavras e pela música e pela sagacidade, mais toda a sua pinta de artista, mais o Camané a cantar Ilumina-me. Foi muito bom…a repetir.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

teorias


Achei que foi mais a teoria de nada de que de tudo. E que entre tudo ou nada, está o que é temporário e o que é o permanente.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

mixcelânea* de um grande dia



* miscelânea : várias coisas ( todas elas boas e simples amigos, comida, lembranças e música).