Paragem obrigatória para rest
ice compression and elevation. Nada que faça parte dos planos de alguém e que não
aborreça quem tem mais que fazer. Analisemos isto como fazem os jornalistas que
perecem não ter que fazer, e divagam sobre a foto do preso em domicílio a
assistir a debates, com não sei quantos amigos, quadros na parede, garrafas desalinhadas
e livros em prateleiras.
Ponto 1- não fosse o RICE eu
não sabia nada disto;
Ponto 2 - a televisão continua
a ter programas espectacularmente maus, com a excepção da rtp2, e do som de
cristal ;
Ponto 3 – eu não sabia que
tinha tanta coisa para fazer, voluntariamente falando, à frente do computador;
Ponto 4 – estava tão pouco
interessada na campanha eleitoral e agora, graças ao RICE, estou capaz de ler
todos os programas dos partidos, menos o da rapariga que gosta de aparecer nua em revistas e justifica-se não sei quantas
vezes na televisão ou em mais umas fotos. Nada contra, só que aquilo não é política
é vaidade, vendo bem, é tudo a mesma coisa, uma espécie de concatenar.
Ponto 5 – assim que as horas
de espera, no hospital, tenham ultrapassado as 5 inicialmente previstas, há que
manter a lucidez e ter uma caneta à mão para expor/ reclamar/ sugerir ( este
devia ter sido o primeiro ponto, mas quando é mau eu tendo a esquecer
facilmente);
Ponto 6 – ainda bem que fui à fnac e comprei a banda sonora certa “ quem me dera ir daqui pra fora” e os
diabo na cruz são mesmo fixes e ainda bem que chovia a potes e o concerto foi
cancelado e assim eu fiquei menos desconsolada;
Ponto 7 – encontrar um médico
tipo mr. charme que fala num sussurro e lança olhares magnéticos e sai-se com o
como dizem os ingleses RICE enquanto uma pessoa está com um aspecto de fugir;
Ponto 8 – já estou a dissecar
de mais, isto assim até parece bonito, mas só ao fim de quatro dias, e porque
chove muito, estou capaz de ver para além do negro que está no meu pé.