domingo, 22 de novembro de 2015

o bunker 3ª parte


Era março do ano de 2010 e eu teci, em partes, uma reflexão sobre a minha clínica de fisioterapia - o  bunker. Este blog ou blogue, hesito sempre nestas nomenclaturas (porque há gente a viver da arte de blogar ), existe há tanto tempo que eu já não me lembrava desta grande reflexão. 
Pois alguém me lembrou eu fui ler e ohhhhhhh eu estava mesmo indignada e fiz promessas que não cumpri. As instalações não mudaram, eu passei a frequentar muito menos ( só manutenção), não contando as entorses, a passadeira para mim funciona (porque a velocidade não é de corrida), há mais uma monark ( bicicleta estática saída do museu), há uns posters super elucidativos de faça você mesmo ( risos, muitos risos). Depois de cinco anos sigo com o mesmo médico. Os fisioterapeutas, circulam muito, claro que isso deve-se à crise, à politica de emprego que permite que se façam muitos estágios profissionais, muitos recibos verdes e salários vergonhosos para quem, com tanta dedicação, cuida da recuperação e bem estar dos outros. Daí não deve sair lucro nenhum, coitados. E cada vez há menos doentes ou utentes ou clientes, que isto da saúde ser negócio é complicado.De qualquer forma há que publicitar o produto, renovar a imagem. No fundo, bem no fundo, lá na cave, depois de descer as escadas ou a seguir à sala de espera minúscula, ambientada com cheiro montanha, há alguém que olha por si. Que profundo.

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